COMUNICAR COM A CRIANÇA

 

COMUNICAR COM A CRIANÇA

 

Todos os comportamentos transmitem uma mensagem, até mesmo a tentativa de não se comunicar.

 

As formas de comunicação podem ser verbais, não-verbais ou abstractas.

                  A comunicação verbal pode utilizar a linguagem e a sua expressão, as vocalizações nas formas de sorrisos, gemidos ou gritos.

A comunicação não-verbal é, frequentemente denominada por linguagem corporal. Além da palavra falada, as mensagens também são transmitidas pelo tom de voz, entoação, velocidade, pausas, volume e ênfase do discurso. As crianças pequenas são capazes de compreender esta paralinguagem, muito antes de conhecerem o significado das palavras. Dado que é difícil exercer-se controle consciente sobre a paralinguagem, esta poderá fornecer indícios acerca dos sentimentos e preocupações da criança.

            Através da observação da linguagem corporal podemos compreender melhor o significado da mensagem verbal.

No relacionamento com as crianças de todas as idades, os componentes não-verbais do processo de comunicação, são os que nos transmitem as mensagens mais significativas. É difícil disfarçar sentimentos, atitudes e ansiedades no relacionamento com as crianças. Elas prestam muita atenção às pessoas ao seu redor e conferem significado a todos os gestos e movimentos. Isto é particularmente importante em crianças muito pequenas, daí ser de evitar aproximar-se precipitadamente de uma criança, devendo dar tempo para que a criança dê o primeiro passo. As aproximações repentinas são ameaçadoras para as crianças, assim como gestos e contorções faciais, incluindo sorrisos mais amplos, que sendo gestos amigáveis, na criança podem produzir efeito contrário.

As crianças devem ser encaradas no seu nível de olhar, para não aumentar a sua pequenez. Sentar-se em cadeira baixa, ajoelhar-se, ou até sentar no chão, põem o adulto em posição menos ameaçadora.

Em qualquer idade, as crianças respondem melhor a uma voz tranquila, calma e segura. As crianças prestam atenção às palavras pronunciadas com suavidade e tendem a retrair-se quando se eleva o tom de voz. Mesmo uma criança agitada ou que chora, tem maior tendência a acalmar com uma voz tranquila, do que uma voz que tenta competir com o volume da própria criança.

Devemos falar com clareza, objetividade e utilizar o menor número de palavras possível. A linguagem simples é compreendida com mais facilidade.

 Além disso, a compreensão da linguagem precede o uso das palavras, embora ainda não falem, não significa que não compreendam.